terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Aloizio Mercadante vai assumir a Casa Civil

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, deve assumir a Casa Civil da Presidência da República, em substituição a Gleisi Hoffmann, atualmente a titular da pasta, que deixará o cargo para concorrer ao Governo do Paraná. O jornal Folha de São Paulo informou que Gleisi Hoffmann está de férias e retorna a Brasília no próximo de fim de semana, quando começa a transição. Ontem, Mercadante já está participou de uma reunião da presidenta Dilma Rousseff e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na condição de futuro titular da Casa Civil. Mercadante ganhou a confiança de Dilma no ano passado e o sinal verde de Lula para cuidar da gerência do governo no lugar de Gleisi Hoffman, que volta ao Senado e disputará o governo do Paraná. Com a saída de Mercadante da Educação, a substituição deverá ser caseira. A não ser que precise da pasta para acalmar a imensa e faminta base aliada, o cargo será ocupado por José Henrique Paim, atual secretário executivo do Ministério.

A estreia informal de Mercadante, em encontro do Palácio da Alvorada, com Dilma e Lula, tratou muito das intrincadas alianças regionais. Hoje o PT tem problemas para formar palanques regionais com seus aliados em praticamente todos os Estados. Como de costume, o principal parceiro, o PMDB, é o maior insatisfeito. Convidado a assumir a Casa Civil, Aloizio Mercadante deixará a Educação com um passivo que inclui a demora na aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), uma relação desgastada com o setor privado e a falta de resultados concretos no ensino médio, apontaram agentes da área. Por outro lado, sua gestão também é marcada pela criação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e a consolidação de programas como o Ciência sem Fronteiras e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “O Mercadante não colocou o capital político dele a favor da área de ensino”, critica o coordenador-geral da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, Daniel Cara. Para ele, um exemplo disso foi a forma como ele lidou com o PNE, que traça metas para os próximos dez anos. A tramitação do plano se arrasta no Congresso desde dezembro de 2010.

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