quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Lula da Venezuela ganhou a eleição

 

A Venezuela é uma nação muito rica, pelos fabulosos tesouros de seu subsolo, principalmente o petróleo. A Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Toda esta fortuna estava nas mãos das elites políticas e de empresas multinacionais antes da chegada de Hugo Chávez ao poder. Até o ano de 1999, o povo venezuelano só recebia sobras. Em 1996, 70,8% dos cidadãos venezuelanos viviam abaixo da linha da pobreza.

Em 1999, Hugo Rafael Chávez Frias chega ao poder. Convocou uma Assembléia Nacional Constituinte. A nova Constituição, aprovada por referendo em dezembro do mesmo ano, alterou o nome do país para República Bolivariana da Venezuela, ampliou os poderes do Executivo, permitiu uma maior intervenção do estado na economia e reconheceu os direitos culturais e linguísticos das comunidades indígenas.

O presidente Hugo Chávez aumentou as vagas universitárias, que criou bolsas de estudo num sistema justo e eficaz. Recuperou a soberania e está sendo fundamental para, através da generosa solidariedade tão desamparada nesse mundo de hoje, promover a integração da América Latina. O Programa Missão Vivenda já entregou neste ano 90% das 350 mil moradias previstas para 2012. O governo de Hugo Chávez dedica 43,2% do orçamento em políticas sociais.

Qual outro país do mundo que aplica quase 50% do seu orçamento em políticas sociais? Só mesmo um governo comprometido com o povo. A consequência disso: a taxa de mortalidade infantil caiu pela metade. O analfabetismo foi extirpado. O número de trabalhadores da educação multiplicado por cinco (de 65 mil a 350 mil). A Constituição da Venezuela é uma das poucas do mundo que estabelece a possibilidade de suspender membros do Poder Executivo no meio do mandato. Enfim um presidente que governa para a imensa maioria

O presidente Chávez foi reeleito com o apoio de 20 dos 24 estados da Venezuela. A maioria do povo venezuelano – 54,4% – escolheu Chávez. A participação foi de 80,94% e vale salientar que o voto não é obrigatório.

O candidato da direita reconheceu a vitória bolivariana, disse ele: “Foi uma batalha perfeita”. O povo votou porque acredita no governo. Enfim, o povo venezuelano disse sim ao chavismo porque apesar de tudo, a vida mudou muito, e para muito melhor, ao longo dos últimos treze anos do governo Chávez. Progredir não é mais um sonho, mas uma realidade na Venezuela.

O jornalista espanhol Ignacio Ramonet, editor do jornal Le Monde Diplomatique, avalia que o processo eleitoral do país serve como um “exemplo” para uma Europa em crise, “que está sendo profundamente penalizada pelo fracasso do neoliberalismo”.

"Sob a liderança de Chávez o povo venezuelano obteve conquistas extraordinárias (...) que precisam ser conservadas e consolidadas", disse o ex-presidente Lula. Chávez e Lula têm histórias parecidas. São dois estadistas que precisamos respeitar, pois lutaram por um país livre.

A vitória de Hugo Chávez é o triunfo de uma democracia pujante, madura e sólida e também a vitória dos povos da América Latina, que lutam por sua dignidade, soberania e melhores condições de vida. Foi um duro golpe no liberalismo.

POR: Abdias Duque de Abrantes

Advogado e jornalista Abdias  Duque de Abrantes (1)

Advogado - Pós-graduado em Direito Processual do Trabalho pela Universidade Potiguar (UnP) e Jornalista

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