segunda-feira, 15 de abril de 2013

FUSÃO DE PARTIDOS TEM REFLEXOS NA PARAÍBA

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A fusão do PPS e do PMN, que redundará na criação de um novo partido até quarta-feira, terá reflexos no cenário paraibano. A agremiação nascerá com 15 deputados federais, sendo três do PMN e 12 do PPS e deverá contar, entre as estrelas políticas, com o ex-governador de São Paulo, José Serra. Uma campanha maciça de filiações será desenvolvida dentro da estratégia de lançamento de candidatura própria a presidente da República em 2014. Na Paraíba, o PPS é presidido pelo deputada Gilma Germano, que apóia o governador Ricardo Coutinho, mas tem como contraponto o vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira, aliado ao prefeito Luciano Cartaxo, do PT.

Gilma não foi a Brasília participar das discussões que resultaram na junção das legendas, mas Bandeira compareceu, com direito a voz e voto, e manifestou-se favorável à mudança. A deputada havia dito ao “RepórterPB” que se o objetivo fosse o fortalecimento do PPS não se oporia à fusão, mas alertou para a necessidade de resolução das divergências regionais. O PMN é presidido pela jornalista Lídia Moura, que tem atuação política em Campina Grande. Ela defende o lançamento de chapa completa, com candidatos a governador, senador, deputados federais e estaduais. Em princípio, o quadro fica zerado nos Estados, abrindo-se espaço para compartilhamento de decisões entre as siglas remanescentes. A nova sigla será denominada de Mobilização Democrática e a fusão foi precipitada por uma das propostas da reforma política, que não permite que deputados que migram de partido somem tempo para efeito de propaganda e acesso ao Fundo Partidário. A oficialização da união deve ser efetivada depois de amanhã, e a tendência é que seja protelada uma definição sobre os rumos no pleito do próximo ano, diante da divisão entre simpatizantes de Cássio Cunha Lima, Veneziano Vital do Rego e o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Agra.

O posicionamento em termos locais está condicionado à decisão sobre candidatura a presidente da República. O novo partido abriga adeptos de Marina Silva, Eduardo Campos e Aécio Neves. José Serra deverá sair candidato a governador de São Paulo. Lídia Moura (foto), comentando a decisão tomada, afirmou: “Abstraindo as insatisfações conjunturais que podem surgir em meio à militância e representantes nos Estados e municípios, no campo macro a junção pode dar uma resposta à Nação enquanto oposição. Era disso que estávamos precisando”. O partido é oposição ao Partido dos Trabalhadores e à administração da presidente Dilma Rousseff. A resolução do PPS, que proibia o ingresso de políticos com mandato, será reavaliada, abrindo-se espaço para que o deputado Janduhy Carneiro e a vereadora Eliza Virgínia, com atuação em João Pessoa, sejam convidados a retornar à sigla, sem qualquer veto.

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